Com minhas próprias palavras não conseguiria organizar tão bem O Grande Momento que desfrutei no ultimo mês...
Fuçando pela internet, encontrei por acaso, um poeta de quem sempre gostei muito, pois ganhei um livro dele quando pequena. Não é bem um poeta para crianças, mas como eu sempre gostei de poesia... o livro chegou até mim...
Transcrevo abaixo o poema que relata parte da experiência por mim vivida:
O Grande Momento
Como uma réstia de sol instantânea,
tu entras (no meu caso, desembarca...)*
pela porta entreaberta,
nem bem te adivinho.
...Esse o momento maior de euforia e tranqüilidade,
quando a porta se fecha sobre o teu vulto
e meus braços se abrem para receber-te.
Esse o momento maior de euforia e tranqüilidade:
há calor em meu peito e o verão em teus olhos;
-como que tocadas de vento, foram-se todas as dúvidas
da tensa espera, angustiosa.
De repente, desanuviam-se todas as ânsias,
todas as inquietações;
ouço-te a respiração ofegante, sinto-te as mãos frias,
tenho-te de encontro ao peito ainda sem nada dizer.
Sei agora que és minha (meu)*, que foste minha (meu)*, que serás minha (meu)*,
principalmente que és minha (meu)*, pois não mais te espero:
te tenho!
- Imprevistos não deterão teus passos,
nada desviará nosso encontro se estás
em meus braços...
Canto e rio, e nem percebes... Canto e rio
e te amo,
beijo-te em silêncio, e penso que nada mais te desviará
de meus desejos:
a chuva, o vento, a morte, que sei eu?
Esse o momento maior de euforia e tranqüilidade...
Um no outro, vivemos a impressão de que nós
apenas conhecemos
essa felicidade,
que nunca ninguém a sentiu...
Depois, os olhos fechamos, e silenciamos...
O resto do mundo parou (que mundo?) parou...
sumiu...
( J.G. de Araujo Jorge - coletânea -
"Poemas do Amor Ardente " 1a ed. 1961 )
*Os parenteses são meus!
O poema fala por si só!
Abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Eu fico feliz pelo seu comentário... ;-)